A expansão do diálogo entre culturas e tradições que o projeto do CD "Princípios Essenciais" aspira tem três propulsores:
I ) O principal, que é exaltar princípios comuns à várias culturas e tradições sempre que surgir a energia do preconceito contra qualquer forma verdadeira de se conectar com Deus;
II) Se expressar em diferentes estilos musicais e linguagens visuais e poéticas, exaltando o papél da arte na expressão do amor universal;
III) Promover artistas que também alimentam esse diálogo;
I ) O principal, que é exaltar princípios comuns à várias culturas e tradições sempre que surgir a energia do preconceito contra qualquer forma verdadeira de se conectar com Deus;
II) Se expressar em diferentes estilos musicais e linguagens visuais e poéticas, exaltando o papél da arte na expressão do amor universal;
III) Promover artistas que também alimentam esse diálogo;
No impulso desse item 3, aos poucos vamos descobrindo um pouco
mais do trabalho dos 48 participantes musicais do projeto, entre eles, Chandra
Lacombe, uma das participações especiais exclusivas, presente em 10 dos nossos 24 tracks.
Essa entrevista nasce dessa aspiração e traz revelações públicas
inéditas do Chandra. Preparem-se!
Apesar de ter mais de dezenas de milhares de fãs por todo mundo, o cantor e multi instrumentista Chandra Lacombe, completa mais um giro em torno do Sol em 24 de Maio, sem muita repercussão da sua carreira na mídia de massa.
Considerado por muitos um ícone da New Age, suas canções possuem uma quantidade impressionante de views, comentários e compartilhamentos no You tube.
No último show no Pq. do Ibirapuera, logo após o pré-lançamento do CD Essenciais, milhares de pessoais ocuparam o espaço do público. E assim se espera no próximo dia 30 de Abril de 2016 na segunda apresentação dele no Parque.
Muito provavelmente seus compromissos com uma música inspirada
essencialmente pela espiritualidade pode ser uma das explicações pela discrição
na mídia de massa. Porém, essa entrevista parece indicar um grande divisor de
águas na sua carreira musical.
Chandra revela que o ano de 2013 foi o período que ele mais compôs na
sua carreira e que sua música chegou num ápice de fruição que potencializou sua propagação de forma mais organizada e numa abordagem mais acessível para os 4
cantos do planeta, desde então.
Seu estilo é captado rapidamente pela internet em 3 abordagens, mas todas parecem ter um compromisso inquebrantável com o auto conhecimento. Uma das abordagens, mais conectada com o centro de desenvolvimento espiritual
que dirige, outra numa sofisticação especial e popular de arranjos para os
mantras indianos e uma terceira mais pop, mas ainda assim, conectada com o auto
conhecimento e a alegria e devoção que lhe são características.
Tudo requintado por um período de maturidade de sua nova banda, iniciado em 2010 com Giuliano Laurenza na percussão, Rafa Caldeira na Flauta, Alfredo Farné no baixo, Mel Alleman no backing vocal. Recentemente o produtor do CD Essenciais Xico Leite, violeiro oficial da banda, foi substituído por Guilherme Granato, por mudança de residência.
Tudo requintado por um período de maturidade de sua nova banda, iniciado em 2010 com Giuliano Laurenza na percussão, Rafa Caldeira na Flauta, Alfredo Farné no baixo, Mel Alleman no backing vocal. Recentemente o produtor do CD Essenciais Xico Leite, violeiro oficial da banda, foi substituído por Guilherme Granato, por mudança de residência.
Acompanhe alguns
detalhes novos de seu trabalho na entrevista a seguir que traz outras
revelações inéditas como uma canção que fez inspirada no seu nome espiritual
Chandra, uma vontade de tirar melodia das percussões que parece ser um segredo
da essência de seu trabalho e outras curiosidade inéditas especiais reveladas a 3 anos atras.
Quantas composições novas nasceram desde
seu último aniversário e qual estilo delas?
Esses últimos 12 meses, foram o primeiro período que passei com
estruturas mais básicas estabelecidas no sítio para onde mudei em 2011/12 com a missão de construir um Ashram com minha parceira Matry Surya.
Poder ficar mais tempo por aqui, sustentando uma vida mais conectada com a
essência e a natureza foi muito inspirador para o estado de composição, sendo
esse um dos períodos mais férteis no sentido de quantidade de novas composições
que já vivenciei.
Entre novas versões para os mantras, canalizações espirituais e
músicas para o projeto do Oráculo, foram mais de 10 com certeza, o que já nos
impulsionou para gravar dois novos CDs que podem sair ainda esse ano: um
gravado ao vivo no Mahashivaratri que vai surpreender definitivemente à todos e
está praticamente pronto para ir para prensagem e outro na linha mais pop com
canções associados ao projeto do Oráculo que tem duas canções em especial que
já está no nosso repertório de shows : Carruagem e Ação de Graças.
O CD Essenciais, tem como um dos principais
objetivos expandir o diálogo entre culturas e tradições e essa inspiração
nasceu da dor do preconceito. Você já sofreu algum tipo de preconceito com
sua forma de se conectar a Deus? Como lidou com isso? Tem alguma música que
nasce também dessa dor?
No início da minha busca espiritual tive duas iniciações que se
caracterizavam fortemente pelo uso de indumentárias, pela Kundalini e depois
Osho. E um dia num almoço de família sofri um certo rechaçamento... e família sabe
como é, sempre desafiante lidar com isso.
O arcano-canção 22 Saga, expressa meus sentimentos com a
liberação desse incômodo quando canto “ que deus anda solto” , independente de religiões. Expressei isso citando uma
contemplação do fogo quando eu era menino.
Sua música expressa um constante convite e
exemplo para reconexão com a essência e menciona muitas tradições. Quando o
choque de egrégoras pode ser real ou ilusão?
Sim, pode existir choque de egrégora quando se tentam fusões manipuladas
por uma mente isolada no racional, fora das bençãos do fluxo divino ou mesmo
quando uma mente precisa da forma para se conectar com o sagrado e acaba se
apegando excessivamente a ela, sem poder acreditar que existam outras formas de
se conectar com o amor.
Nesse caso, é preciso respeitar o processo e forma de cada um, porém, ressaltar
princípios comuns à várias culturas e tradições ajuda-nos na liberdade de
convivência amorosa e devoção à todos os nomes de Deus.
Porém, a ilusão só se dissolve de forma ainda mais pura, quando o amor
essencial que brota de dentro vem a tôna e traz o senso de união e de
aprendizagem que se pode ter no contato com diferentes culturas e tradições.E
nesse lugar não há mais choque de egrégoras e sim expansão do diálogo e da
união.
Qual a importância do princípio do Sanatana
Dharma para vc?
Reverencio o Sanatana Dharma solenemente quase sempre que o
sol nasce e se põe no sadhana aqui no Ashram, junto com uma série de outras
expressões de devoção. Apesar de ser um princípio de legado hindu, ele expressa
a experiência da essência que permeia as diferentes linguagens. O pulsar da fé
que não precisa de roupas e fronteiras. A verdade universal e atemporal que
permeia toda humanidade.
Hoje, muitos jovens trocam o primeiro carro
e a saída de casa, por viajar pelo mundo. Quanto que esse contato com os 4
cantos do planeta influenciou na sua percepção? Viajar pelo mundo é a melhor
forma de sentir essa onda de multiculturalidade e religiosidade?
Sem sombra de dúvida o intercâmbio cultural me ajudou nesse
sentido, mas sinto que isso vem como um programa da minha alma, talvez não seja
para todos.
Já antes do Intercambio com Escandinavia, América Central, Estados Unidos,
Índia entre outros, eu sentia que isso aconteceria. Estava programado pelo arquiteto maior.
No livreto de artes e artigos do
CD Essenciais, tem uma frase que você autorizou dizendo que a música em diferentes estilos pode ser uma
ponte de diálogo para a paz. Você poderia nos dizer um momento na sua
trajetória onde você testemunhou isso de forma mais tocante?
Foram vários, mas uma das últimas versões de um mantra onde cito Adonai,
Alelulia.... foi um desses momentos. No CD Meeting the Forest tem também uma
saudação à vários santos que me inspiraram em algum momento esse diálogo para a paz, na canção Ritual. Me inspirei para essa em Matutu. As montanhas
de lá e de Minas, são um lugar muito marcante na minha trajetória.
Também no livreto do Essenciais, tem um
trecho de um hino seu "
Flor do Oriente" associado com o princípio da
Receptividade. Você poderia falar um pouco mais desse hino, princípio e da sua
percepção sobre o papél do feminino no atual momento.
Nosso trabalho de auto desenvolvimento no Ashram, tem uma
ênfase muito especial para o feminino e sinto minha companheira como uma forte
expressão desse resgate.
Esse é um tema muito profundo, tivemos uma época onde a voz e
ação masculina muitas vezes sobrepôs os limites do feminino.
A Índia, por exemplo, é um país que me transmite uma energia essencialmente
feminina, Yin, que expressa esse desequilíbrio, as vezes, com um comportamento
afetivo, as vezes com fatos mais violentos. Gandhi foi um símbolo, nesse sentido, através da não violência diante a hostilidade masculina e tentativa de domínio
e invasão da cultura inglesa.
Nossa mente ocidental está muito masculinizada, precisando um
pouco da receptividade e acolhimento do feminino. O trecho citado do hino que
diz: “ Minha mente é um cálice vazio, onde o Manah da verdade se produz” poderia
dizer que minha mente está, em receptividade, entregue ao feminino como um
cálice vazio.
Como foi o nascimento da canção
"Recado da Mãe Divina"?
Estava na minha casa no bairro da Pompéia, meu último
filho tinha menos de um ano 1 ano e estava muito embebido pela energia da
maternidade e dentro de um processo pessoal profundo e iniciático em conexão
com expressões da santidade feminina na Terra como mother Meera, Amma e no
campo espiritual, fui tomado por essa canção que marca um momento especial na
trajetória mesmo.
Como vc conta em outras entrevistas,
sua relação com a kalimba foi total intuitiva e de auto descoberta. Além da
forma diferenciada de tocar com os dedos que você criou, que outros elementos
peculiares desse instrumento se revelaram para você nessa auto descoberta?
Realmente no início tudo aconteceu numa espécie de transe, eu
sinto que fui instrumento de uma força maior no contato com a kalimba. Eu saia
tocando de uma forma muito espontânea e fui evoluindo de forma rápida na
expressão melódica e rítmica com o
instrumento.
Tinha uma certa tendência a dispersão que parecia ser remediada
de forma precisa com o instrumento e aos poucos foi nascendo o estilo Chandra
de tocar. Hoje tem algumas pessoas que já evoluíram esse estilo de forma
especial como o.Vinicius que já tocou kalimba com Gilberto Gil e Edisberto
Gismonte e o Ariel ( Prashanto) que está
fazendo trabalho de conclusão de curso de ´Música na Unicamp sobre o
instrumento.
Não sei se descobri algo mais além do que o jeito de tocar, mas
descobri o que já se sabe também da conexão desse instrumento com os atributos
da infância. Minha música é muito conectada com o auto conhecimento e reviver a
infância é um tesouro nesse processo. O timbre da kalimba no remete ao resgaste
de experiências na infância.
Tem alguma canção que você destacaria ter
florescido nessa conexão com a infância?
Tem algumas, destacaria a do CD oráculo Incompreensível presente.
Sua participação no CD "Essenciais" além da voz, tem bastante da sua habilidade impressionante para percussão. Na canção "É só quem eu devo
amar" e " Exemplo de brasileiro" um derbak que inspira demais, "Se conheça com reverência" e "Guerreiros Beira mar", um pandeiro e "Pincel Co-criador" e "Exemplo de brasileiro" um marcante bongô, isso sem falar no repinique do "Samba da Felicidade" . Existe alguma relação entre percussão e kalimba? Qual habilidade veio primeiro?
Ótima pergunta. Isso me remete a uma curiosidade muito peculiar
da minha relação com a música. Minha obsessão
inicial com 13 anos, era buscar melodias diferenciadas nas percussões. Era obcecado
pelas percussões asiáticas como a Tabla e o Derbak.
Buscava técnicas para tirar timbres diferentes utilizando formas
diferenciadas de tocar com os dedos. Queria transformar o jeito de tocar o bongo
afro brasileiro
Minha primeira experiência como percussionista foi numa peça de
teatro ( 13 anos). Cheguei a tocar até repinique em uma escola de samba e no
Essenciais fiz no Samba da Felicidade. A kalimba veio depois, aos 19 anos e
talvez meus dedos tenham sido preparados pela minha obsessão anterior. E de
certa forma encontrei na kalimba uma boa combinação entre percussão e melodia que meu coração tanto pedia.
Talvez isso também tenha gerado a capacidade peculiar de cantar e tocar percussão como fiz na época do Udyana Bandha com a tabla.
E sua voz, quando descobriu que tinha algo que podia acessar tantos corações?
Começou no teatro, depois no grupo de colégio no Rio e assim foi indo... não dá para explicar muito isso. Mas minha música é comprometida com o auto conhecimento desde o início e aí tem uma pista bem importante.
Essa conexão da sua música com a espiritualidade e o auto conhecimento foi um obstáculo para propagá-la?
Sim, isso é uma tendência nova, mas que sempre acreditei. Música Devocional Brasileira. Você me disse que uma cantora evangélica de destaque já está cantando em vários programas de TV de massa. Isso é novo. E tudo que é novo, demora para expandir. Mas agora chegou a hora.
No pré-lançamento do CD Essenciais voce esteve
junto com o produtor musical, compositor e outros participantes no palco do
Ibirapuera e viu balões com princípios essenciais serem lançados aos céus ao
som do mantra Loka Samasta. Se tivesse que escolher 3 princípios mais
Essenciais para seus alunos e fãs sempre lembrarem, qual indicaria hj?
O primeiro que me vem hoje nesse processo de expansão dos
valores de um Ashram é a Disciplina que é até citada no Essenciais. O Ashram
respira isso, fazemos sádhana todos os dias de manha e a noite sustentando a
vibração do local
O segundo a Verdade, quanto essência que permeia toda busca.
E o terceiro, Empatia, o elo necessário para amarmos o próximo e
construirmos o senso de união verdadeiro aspirado.
Quais canções do CD "Essencias" mais te atraíram em especial ?
Gayam foi uma das primeiras que ouvi na época de pré-produção e
até disse que seria uma canção que iria inspirar muitas pessoas. Foi uma das que participei ao lado da Nicole Salmi no pré-lançamento do Essenciais no Festival Mundial da Paz. Gosto muito
também de Viver em Gratidão, e da melodia, empolgação, energia de uma que
cantei também da Lua...“ Lua Cheia de Paz”.
Aproveitando que você tocou no
assunto.... Você alguma vez se inspirou para cantar com os significados contidos em seu
nome espiritual Chandra?
Rs....Sim tem uma que expressa essa conexão. Só que não fala nada sobre lua é totalmente
instrumental, chama-se Miramor.
O Essenciais é o primeiro trabalho de
produção musical do Xico Leite(Ritam). Foi feito na conclusão do curso de
formação dele. Teve algo em especial que te surpreendeu positivamente na
produção musical do CD DUPLO?
Sim claro, já é surpreendente o trabalho de mixagem com
tantas pistas de áudio, diferentes estilos musicais e timbres de instrumento.
Exige muita dedicação, paciência e sagacidade, de qualquer profissional.
Soma-se isso os desafios de captação e o processo de masterização. Mas pela
idade dele, fica ainda mais surpreendente.
Os jovens podem aprender mais rápido hoje. Um jovem de 20 pode fazer algo melhor do que um adulto de 30 fazia há 20 anos atrás.
Segundo a astrologia, quando você veio ao
mundo no dia 24 de Maio de 1965, através de sua mãe, as vibrações de Mercúrio e
do signo de Gêmeos, te influenciaram fortemente. A astrologia já te inspirou a
reconhecer seu potencial e pontos de precaução? Qual canção sua você diria que
é mais Geminiana?
Rs... Acho que alguma canção que passe por várias melodias e
tons .... rssss.... e seja bem diplomática, Meu pai também era geminiano e era
muito forte isso nele.
Como a cidade de Brasília influenciou sua
música?
Tem uma curiosidade especial com Brasília de uma canção que sem
saber porque eu pensei muito no Renato Russo e até senti ele antes de compor. E
depois fui saber que ele tinha feito a passagem naquele momento. Chama-se “Mares
da eternidade”. Na verdade além do Renato ela também é um dos sinais fortes na
minha trajetória da minha conexão com Babagi que considero um ser bastante conectado com Cristo também.
Você tem algum sonho especial a se realizar
com a música ainda?
Tenho
evidente. Eu sinto que agora ... agora a nave vai decolar de verdade. E não é
um sonho. É uma sensação de que me sinto mais preparado. Com as questões
intrapessoais mais alinhadas. O que permitirá
que essa música atinja sua fruição máxima que poderá disponibilizar esse
trabalho para mais gente.
Tenho
mais consciência dessa responsabilidade e dom. Da ferramenta que essa música é
para evolução mesmo da consciência humana.
Então
aproveitando que estamos projetando um
Studio especial aqui no Ashram além de outras obras, esse ano é Chandra
na cabeça. Então pode ir para trilha de novela, filme, onde puder contribuir e
expandir que assim seja.
Sat nam.
Sat nam.
Sat nam.
Sat nam.
Conheça as DEMO`s, os mais de 100 depoimentos de quem já adquiriu o CD e Livreto de Artes Essenciais com as 10 participações exclusivas do Chandra:
http://cdessenciais.blogspot.com.br/2011/09/demos-para-audicao.html
Ou se preferir baixe agora um dos nossos dois lançamentos de 2016 para download free:
P R A T E A Y ( Inspirada no Luar no Oceano): http://feminino.cdprincipiosessenciais.com.br/prateay/
M I L P É T A LA S
http://bemquerer.cdprincipiosessenciais.com.br/mil-petalas/